sábado, fevereiro 21, 2009

Saudade tranforma-se em falta

Palavras, gestos, olhares e sorrisos... um simples presença. Coisa simples as quais nos acostumamos a ter, a sentir e a viver. Todas elas com a máxima importância que nos levam a lugares longe de tudo e de todos, numa redoma onde apenas importa o que se sente dentro de cada um, mas vivido a dois. Quando a distância torna raros esses gestos simples, a saudade invade e consome pouco a pouco até se tornar insuportável... mas suporta-se... porque a saudade não é eterna... é dar valor ao que de nós foi e a nós há de voltar.
Mas quando esses gestos, essas palavras e tudo o que a dois se experienciou não volta, a saudade desaparece. Aquela sensação é eliminada de uma vez só. O que tanto nos foi destruído aos poucos, dia após dia, é simplesmente limpo do coração. E quando se pensa que esta dor em crescendo é limpa junto com a saudade, descobre-se que na verdade o sentimento é subsituido... a saudade passa a falta. Falta das palavras, dos gestos e olhares, falta do mundo na redoma. Esta falta que em vez de doer em crescendo, dói puro e simplesmente de forma intensa e constante... Apenas por que a saudade é a espera de algo que tivemo mas iremos voltar a ter. A falta não tem a medida temporal qe acaba por satisfazer todos os desejos deste mundo. Tudo parte e esvanece-se... sem data de volta. Nada fica a não ser... vazio.