terça-feira, março 31, 2009

Raiva, ódio... amor

Sentimentos, pensamentos, emoções... Misturas de termos abstractos impossíveis de quantificar ou palpar. Tudo se sente e se exterioriza em acções e reações. Extremos totais tornam-se por vezes intímos e próximos de tal forma q quase não se distinguem.
Uns partem do coração, outros da mente. Mas qual serão os mais reais? os vencedores de tal batalha interior? Guerra unipessoal em que todos os exércitos que nos rodeiam, mesmo com bandeiras brancas ao vento, nada podem para repôr a ordem. Pois mm q apaziguam e impeçam o piorar do conflito, nada conseguem para tornar estes inimigos em amigos verdadeiros.
Lutam batalha atrás de batalha, varrendo tudo o que à volta ainda existe, ganhando ambos pontos e procurando sempre prevalecer sobre o seu oponente.
Qual será o desfecho e quem virá trazer equilíbrio e paz?
Outro ódio? Outro amor? ou então um terceiro interveniente... a amizade? Será esta a solução ou apenas mais um conflito no meio da guerra?
A mente tenta defender o coração do ódio. Pois sabe o que este pode provocar se o encher de vez. Mesmo que o amor não vença, poderá a amizade prencher o espaço que foi deixado por ele? A única solução para que o ódio não vença e se torne tirania...

quinta-feira, março 26, 2009

Ser bonzinho pra quê?

Neste mundo, o misticismo e estereótipos continuam a prevalecer na visão das pessoas. Para a grande maioria, as mulheres são doces, sensíveis e carinhosas; enquanto que os homens são sempre mais duros e fortes. Mesmo que carinhosos serão sempre eles que darão o "estalo", sempre eles que mandarão, sempre eles que ficarão a ganhar sobre os seus opostos do outro sexo.
Estes conceitos adquiridos não são de todo errado, são adquiridos com a experiência vivida ou presenciada. Tantos machos que maltratam, menosprezam e ficam indiferentes ao mundo que os rodeia. A pergunta a fazer é o que ganham eles? o que perdem eles?! Impressionante dizê-lo mas a verdade é que ganham tudo e não perdem nada! Aparentemente quanto mais cabrão se for, mais se tem nesta vida. E o mais certo é que menos se perde. Isso é obvio. Se não se apegam a nada, se tudo tratam da mm forma como se não existisse ouro e tudo fosse latão, então nada do que lhes acontece os atinge de verdade. Pois simplesmente não era importante.
Ser bonzinho... que coisa linda! Todos dizem de peito aberto aos nossos pais "têm um filho que é uma jóia". Todos nos olham como se fôssemos uma pérola fora da concha. Quando sofremos todos nos limpam as lágrimas, quando nos rimos todos nos acompanham. Ser bonzinho é sempre tentar que as coisas estejam bem, que os risos nunca faltam. É não ter vergonha de soltar lágrimas, nem de limpa-las.
Que lindo ser bonzinho... mas no fim o que se ganha? em comparação com os cabrões? nada... E o pior é q tudo se perde! Até mesmo o nosso próprio respeito, o nosso valor ou pelo menos o que nós achávamos ter valor em nós. Ser bonzinho não vale nada!
Alguém me ensine a não o ser pq não conheço outro jeito de ser...

terça-feira, março 24, 2009

Nó direito, nó de tecelão...

Num rolo novo de corda de cisal, poucos sabem que a ponta a agarrar é a do centro do rolo. Se procurarmos a ponta exterior, o novelo acabará por se tornar um monte de corda encruzilhada de nós.
Para desfazer esse novelo, o primeiro impulso é puxar pelo novelo em todos os sentidos, na esperança que este se desenvacilhe. Mas no final nada mais consegue do que alarga-lo um pouco sem desfazer o enredo.
Quando nos apercebemos de que a solução pode tornar-se numa agravante, então paramos e analisamos o novelo. Pouco a pouco seguimos o curso do fio e procuramos desfazer os nós maiores, seguindo depois para os mais pequenos. No final tudo aquilo a que queremos chegar é apenas uma corda contínua, e para quê? Para dar nós...

segunda-feira, março 23, 2009

Uma música que me contam na 2ª pessoa...

quinta-feira, março 19, 2009

Cavaleiro errante

Um cavaleiro errante vagueia sem propósito e sem destino, desbravando perigos e obstáculos apenas caminhando. Pelo caminho desperta com as tristezas e medos que o rodeiam. Não procura mas encontra os males que aterrorizam o povo que por ele passa. E com a coragem de qualquer cavaleiro desembainha a sua espada, e mesmo debilitado e com o escudo danificado, cavalga contra o perigo para lutar. Essa luta não é por ele, nada ganha e tudo pode perder, até a vida... mas enfrenta pelos outros. Por vezes até desconhecidos mas cuja vida pode mudar com a sua ajuda e tornar-se melhor, mais serena e mais feliz...
Mas tal coragem só pode esconder algo. Qual o motivo de tal solidão, de tal devoção pelos outros? Não serão os seus próprios medos? A sua própria tristeza? Será necessário outro cavaleiro para resgatar a sua alma e o seu coração?
Quem virá segurar na mão dele para erguer a sua espada contra tudo o que ele não consegue enfrentar? Outro cavaleiro ou apenas uma dessas pessoas que no seu caminho o cruza e lhe traz nova força através de armas iguais as dele...

segunda-feira, março 16, 2009

Estranhos a parte...

Por vezes é nos estranhos que encontramos as palavras que queremos ouvir. É aos estranhos que conseguimos de certa forma confidenciar parte das nossas vidas. Estranhos esses a quem conseguimos retribuir, ouvindo também as suas confidencias e dizendo-lhes igualmente aquilo que parecem querer ouvir. Conselhos, conforto, ou apenas ouvidos atentos...
Como é que estranhos conseguem entenderem-se melhor do que quem nos conhece por vezes até intimamente. Será por não ocultarem nada do seu pensamento? pois nada tem em contrapartida... Se nos desconhecem, não terão que moldar os seus discursos à nossa pessoa; apenas dirão o que realmente acham, sem dúvida serão palavras verdadeiras. Por não nos conhecerem também nada têm a esconder, pois nada terão a temer. Com as suas vivências aprendemos, os seus conselhos ouvimos com atenção pois sabemos que não existem entrelinhas neles.
Entre conversas e trocas sem nenhum compromisso, estranhos ajudam-se, com coisas tão simples e por vezes até tão superfluas. Mas nessa cumplicidade, os estranhos começam por se conhecerem e ganhar confinaça em confidenciar cada vez, conhecendo-se cada vez mais. Depois de tantas confidencias será que deixam de se tornar estranhos? Serão posteriormente a esse conhecimento mútuo tão estranhos quanto isso? Serão capazes de continuar a ouvir e falar da mesma forma, com a mesma verdade nas suas palavras?
Estranhos a parte, O principal é saberem que cada gesto e cada palavra trocada é importante para continuar em equilíbrio e harmonia... Obrigado estranhos

quinta-feira, março 12, 2009

A vida não tem marcha atrás

Uma frase "roubada" com licença. Com tantos significados, tantas interpretações possíveis pro cada um. Tantos cenários da vida aplicados a ela... Momentos de alegria que gostaríamos de reviver ao máximo, curvas que não fizemos, ou mudanças de direcção que gostaríamos de alterar.
A vida pode ser vista como uma estrada cheia de caminhos possíveis, sinais a respeitar, destinos onde chegamos por vezes directamente outras vezes com desvios. Cabe a cada um escolher a direcção a seguir, o caminho a percorrer e decidir se cumpre ou não as regras. Nem sempre chegamos onde queremos, nem sempre encontramos o local onde desejávamos chegar, mas percorremos as estradas. Quantas vezes tomamos uma rota a pensar que será a certa e no fim nos arrependemos dessas mudanças de direcção.
Por vezes a vida é uma estrada de cidade em que tantos cruzamentos nos dão a volta à cabeça. Tantas hipóteses de escolha e por vezes as indicações não são as correctas e levam-nos a estradas não desejadas. Outras vezes entramos na auto-estrada, um só sentido sem possibilidade de inverter a marcha de forma segura. Quantas vezes perdemos a saída desejada e temos que continuar a guiar na mesma direcção.
Mas como na estrada, a vida tem quase sempre uma possibilidade de voltar atrás. Mesmo na auto-estrada é sempre possível agarrar a saída seguinte e voltar a chegar ao nosso destino por outro caminho. Mesmo percorrendo outro caminho, o destino pode ser alcançado se assim o quisermos. Independentemente dos caminhos tomados é sempre tempo de voltar a uma estrada já percorrida. A vontade de retomar o rumo é a única decisão a tomar.
Se pudesse fazer marcha atrás, seria a única forma de limpar o caminho erradamente percorrido, mas a estrada não é assim. Não é possivel desfazer a estrada que percorremos da nossa história. Apenas é possível retomar caminhos desejados ou então seguir outros destinos... Uma certeza apenas... nunca é tarde para retomar uma estrada e chegar ao destino.

quarta-feira, março 11, 2009

momentos...

momentos de vida, pedaços de fita na história que fazem a novela da minha vida. São esses momentos que me fizeram viver. Viver de verdade, fazendo e sentindo ao extremo. Momentos em que cada gesto mesmo que repetido parecia único. Momentos em que mesmo depois de mil olhares, eu te olhava como se fosse a primeira vez. Momentos em q fui capaz... capaz de fazer feliz, capaz de finalmente ser feliz. Momentos belos e tão fortes. Momentos que recordo quando estou acordado, e vivo de novo quando adormeço...
Peço cada dia para que uma força divina me faça dormir para sempre, ou q me faça então sonhar acordado. Força divina... Deus? Deus é amor... Concluo então q força é essa que me possa voltar um dia a ser capaz.
Sei q seria capaz... sinto que seria. Porque não volta essa força?

domingo, março 01, 2009

O pior é o que apazigua

Como dói... rasga a qualquer momento sem pedir licença.
Esta falta é irreversível, esta dor não tem tratamento. Apenas posso disfarca-la com encenações, fugas às perguntas e aos olhares que tudo dizem.
Apenas uma coisa me fazem remover esta dor por breves momentos... Mesmo que errado fazê-lo, é também inevitavel que sinta isso. Esperança... de quê não sei. Mas só nos momentos em que me abandono à esperança é que fico realmente bem...